Durante a produção de cordéis na oficina de literatura de cordel do CEVFP descobrimos esta pérola! O cordel abaixo foi escrito pela Aluna Ana Flávia do 3º C. Parabéns Ana!!
Não deixe o folclore morrer!!
Às culturas do nordeste
Eu tenho admiração;
O folclore brasileiro
É exemplo de diversão.
O bumba meu boi e o quebra pote
São brincadeiras animadas;
Que resgatam os costumes
E alegram a rapaziada.
Há muita gente que crê
Nos mitos de antigamente,
Que se uma caipora
Pegar no mato um inocente
Ele no mato se perde
E fica besta da mente.
Aqui no colégio estadual
Fizemos uma reunião;
Pra relembrar o folclore
E cultivar a tradição.
Organizamos oficinas
Com cordel e com teatro;
Porque todas essas coisas
São do folclore o retrato
E para finalizar,
Tenho uma coisa a dizer;
Comemorem sempre o folclore
Não deixe a cultura morrer!!
( Ana Flávia Salomão)
Segue abaixo uma poesia escrita pela professora Leila. Ela leciona no CEVFP e também escreve textos bem legais. Só esqueci de lhe perguntar o título da poesia!!!
Desculpa o adiantado da hora
Eu só vim aqui agora
Pra te fazer um pedido
Casa comigo!!
Nem sei o que te prometo
Casa, comida, vinho bom, cianureto
Meu ombro amigo e o “nós” como pronome
Se for primordial uso até teu sobrenome
Passo a ser sua “senhora”
Nunca mais lavo pra fora
Vou ser mulher de respeito
Carregar tua foto no peito
Pendurada num cordão
Agora me dá tua mão
No dedo anelar esquerdo
Vou por um elo bem grosso
Mergulhar no teu pescoço
E então te chamar de meu
Pra que tudo tenha nexo
Nós vamos brindar com sexo
Por noites e noites a fio
E quando acabar o cio
Tudo vai fazer sentido
VOu te chamar de marido
E vou ser sua mulher
Mas só se você quiser…..
Eu só vim aqui agora
Pra te fazer um pedido
Casa comigo!!
Nem sei o que te prometo
Casa, comida, vinho bom, cianureto
Meu ombro amigo e o “nós” como pronome
Se for primordial uso até teu sobrenome
Passo a ser sua “senhora”
Nunca mais lavo pra fora
Vou ser mulher de respeito
Carregar tua foto no peito
Pendurada num cordão
Agora me dá tua mão
No dedo anelar esquerdo
Vou por um elo bem grosso
Mergulhar no teu pescoço
E então te chamar de meu
Pra que tudo tenha nexo
Nós vamos brindar com sexo
Por noites e noites a fio
E quando acabar o cio
Tudo vai fazer sentido
VOu te chamar de marido
E vou ser sua mulher
Mas só se você quiser…..
Profª. Leila
As aventuras de João Preguiça na capital do trabalho
São Paulo é, sem dúvida o destino da maioria dos nordestinos migrantes que sonham em construir um futuro melhor para si, buscando novas perspectivas de vida. Mas a vida nas grandes metrópoles não é nada fácil, sobretudo para quem não está acostumado a trabalhar. Este foi o caso do caipira “ João preguiça”, que viajou para a “ capital do trabalho” e chegando lá só arrumou confusão.
Confira aqui como esta história se inicia...
Andam dizendo por aí
que o pai da preguiça é baiano;
deita na rede pra dormir
segurando um abano
mal começa a assistir
já vai pegando no sono.
Mas o que mais tem na Bahia
é cabra trabalhador
que levanta no nascer do dia
gemendo, sentindo dor
pra fazer alvenaria
e cortar palha no motor.
Por outro lado,
tem uns "cabra" descansando
sem nenhum calo nas mãos,
que nunca pegou no machado
passa o dia todo deitado
mal pisa os pés no chão.
E por falar em preguiça
vou contar o que aconteceu
com o caipira " João preguiça"
que por muito pouco não morreu
na cidade de São Paulo
a capital do trabalho
abençoada por Deus!
CABRITINHOS EM APUROS
Eu já tinho ouvido falar que bode sobe em morros, em árvores e até caminha em cercas de flecha. Mas subi em cima de uma casa é algo inacreditável. Foi o que aconteceu com estes dois cabritos aí. (Veja mais fotos no link EVENTOS). Ainda mais tratando-se de dois animaizinhos tão pequenos. Tentei entender por onde eles subiram, mas não encontrei uma resposta convencente. Fotografei tudo e vou contar esta história pra vocês em cordel. confira a logo abaixo !
DOIS CABRITOS EM APUROS
DIZEM QUE O TAL DO BODE
É UM ANIMAL ASTUCIOSO
QUE COM ELE NIGUÉM PODE
BODE É MUITO PERIGOSO
MAS A HISTÓRIA QUE EU VOU CONTAR
PRECISEI FOTOGRAFAR
PRA NÃO PASSAR POR MENTIROSO!
ESTAVA EU NA MINHA CASA
BRINCANDO DE “FAZER NADA”.
QUANDO SURGE UMA MÃE CABRA
BERRANDO DESESPERADA.
SAI FORA PRA VER
O QUE TAVA ACONTENCENDO
MAS NÃO CONSEGUIA ENTENDER
O QUE A CABRA TAVA DIZENDO.
QUANDO EU OLHO DE REPENTE
PRO SOL QUENTE COMO BRASA
DOIS CABRITOS INOCENTES
PINOTANDO EM CIMA DA CASA
SERIA COISA DA MINHA MENTE
OU ELES CRIARAM ASAS?
“COMÉ QUESSAS CABRA SUBIU”?
FUI LÁ NO FUNDO PRA VER
ESCADA NINGUÉM LÁ VIU
NEM CONSEGUIAM DESCER.
COMEÇOU DAÍ ENTÃO
NAQUELE DIA BONITO
UMA MEGA OPERAÇÃO
PRA RESGATAR OS CABRITOS.
E DEPOIS DE MUITA LUTA
E DE MUITO TER TENTADO
OS CABRITINHOS BIRUTAS (RIMA OPCIONAL)
FORAM ILESOS RESGATADOS.
JÁ OUVI MUITO DIZER
QUE BODE ESCALA MONTANHA
É UM ALPINASTA DE PONTA
BODE É CHEIO DE MANHA.
MAS PELA PRIMEIRA VEZ
VEJO UM FATO INUSITADO
DOIS CABRITINHOS CORRENDO
EM CIMA DE UM TELHADO!
SECA TAMBÉM CASTIGA NOVA FÁTIMA

Eu vi !!
Um dia eu vou poder contar
Para quem me der atenção
Que eu vi a seca se alastrar
Pelas bandas deste sertão!
Eu vi o gado morrendo
No sol escaldante do meio-dia
Vi os seus senhores sofrendo
Em meio à tanta agonia.
Senti o ausente vento distante
E as folhas, outrora macias...
Torradas naquele instante
Em que o vento desaparecia.
Eu vi...
Vi e senti na pele
Um calor insuportável!
Embora o tenha suportado
Vi no semblante dos homens
A dor do castigo malvado.
E por uma triste ironia
Que o destino nos pregou
O gado morrendo atolado
No tanque que já secou!
Espero também contar
Com prazer e alegria
Que depois de muito esperar
A chuva chegou um dia
pra toda a população
Que mora nesse sertão
Um dia eu vou poder contar
Para quem me der atenção
Que eu vi a seca se alastrar
Pelas bandas deste sertão!
Eu vi o gado morrendo
No sol escaldante do meio-dia
Vi os seus senhores sofrendo
Em meio à tanta agonia.
Senti o ausente vento distante
E as folhas, outrora macias...
Torradas naquele instante
Em que o vento desaparecia.
Eu vi...
Vi e senti na pele
Um calor insuportável!
Embora o tenha suportado
Vi no semblante dos homens
A dor do castigo malvado.
E por uma triste ironia
Que o destino nos pregou
O gado morrendo atolado
No tanque que já secou!
Espero também contar
Com prazer e alegria
Que depois de muito esperar
A chuva chegou um dia
pra toda a população
Que mora nesse sertão
Da minha grande Bahia.
( Cristiano da Hora )
HOMENAGEM À CATARINA
Uma justa homenagem à Catarina, esta guerreira perua que desbravou este sertão com a cara e a coragem!
Catarina
Viajando pelo sertão
Com sol, chuva e neblina
No asfalto ou estrada de chão
Eis que surge Catarina.
Chamando sempre a atenção
Feliz da vida buzina!!
Feliz da vida buzina!!
De alma e coração
Eis que surge Catarina
Da terra rachada reclama
Mas ela não desanima
Passando por dentro da lama
Eis que surge Catarina.
Ser forte é nunca cair??
Não charmosa menina!!
Ser forte é jamais desistir
Ser forte é ser Catarina!!!
(Cristiano Da Hora)
Nobre Vagabundo

O melô se espalhou pela sala de aula e eu quase fui parar na diretoria por causa dessa brincadeirinha!
Melô do vagabundo
Quem é que já conhece
O melô do vagabundo?
Pinte, borde, faça a festa
E saia no oco do mundo!
O vagabundo caminhando
De noite dá confusão
Joga pedra no telhado
Caga em toda construção
Derruba os vasos de lixo
E sai com os dentes na mão.
O vagabundo na escola
Só pensa em merendar
Chega lá no fim da fila
Mas é o primeiro a pegar
Come três ou quatro vezes
E joga o prato pra lá!
Já entra tarde na sala
Arrotando liberdade
Desafia o professor
Que lhe diz umas verdades
Bate a porta e vai direto
Lá pro centro da cidade.
Passa perto da igreja
E encontra a porta aberta
Atravessa o altar
Fala que a bíblia tá certa
E sem que ninguém perceba
Passa a mão em toda a oferta!
Vai na casa do padeiro
Mexe com a mulher do cara
Que fala que tá com uma dor
E que com um beijinho sara
Começa pelo beijinho
E aí depois não pára.
O vagabundo tá correndo
É porque brigou de novo
O vagabundo ta parado
Para planejar um roubo
E quando passa algemado
Chama a atenção do povo.
( Cristiano da Hora)
PARABÉNS NOVA FÁTIMA! - 23 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
Há exatos 23 anos, precisa- mente no dia 13 de Junho de 1989, o então governador da Bahia, Nilo Co- elho, sanciona- va a lei Nº 5022 que transforma ria o antigo povoado do 90 (noventa) nesta pacata cidade do interior baiano conhecida pela sua hospitalidade, festas e manifestações populares que muito contribuem para o enriquecimento da cultura do munícipio.
( Foto: José Antônio Pinto )
( Foto: José Antônio Pinto )
Nossos heróis
Personagens ilustres
Que iniciaram a nossa história
Foram muito importantes
E estão vivos em nossa memória.
Tivemos “Zuzu Capenga”
Que aqui abriu a primeira venda
E a primeira farmácia do povoado
Pertenceu a Hermílio Prado.
O senhor João Mota abriu
O primeiro posto de gasolina
E a dona da primeira barraca
Foi a dona Ursulina.
Outra figura importante
Pra nossa população
Foi a saudosa Dinalva
Que pra todos sempre passava
Bastante empolgação.
Somos gratos a dona Aurelina
E também a “ Seu Dedé”
Que como no dito popular
Deram o primeiro pontapé.
Esse é o meu agradecimento
Aos nossos heróis de verdade
Que ajudaram a construir
A história desta cidade.
( Fragmento do cordel Nova Fátima – como tudo começou – Cristiano da Hora )